ARMAMENTO PARA OFICIAIS
DE
INFANTARIA E ARTILHARIA
O provimento do armamento era feito pelos Armazéns Reais, conforme o padrão superiormente aprovado, sendo as armas brancas depois publicadas no respectivo Plano de Uniformes.
Geralmente, ou em "teoria", os comandantes dos regimentos tinham em seu poder um padrão (modelo homologado oficialmente), para não aceitarem arma alguma que não fosse inteiramente conforme o estabelecido.
FLORETE
Com o punho de prata, guarda-mão dourado, folha direita de dois gumes com 28 polegadas de lâmina (cerca de 71,120cm), tudo conforme o estipulado no respectivo Plano de Uniformes.
Florete do padrão publicado no Plano de Uniofrmes Colecção particular |
Nesse sentido mostram-se diversos floretes de 1806, mas que escapam ao padrão oficial; por vezes tem que se ser bom observador para verificar as diferenças
Colecção particular |
Colecção particular |
Colecção particular |
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Havia dezenas de modelos de floretes diferentes do padrão, porque nem sempre eram manufacturados no Arsenal Real, além disso muitos oficiais mandavam fazer as espadas particularmente e encomendavam lâminas em Toledo, que eram as de melhor qualidade ou pelo menos de fama, e depois os restantes componentes do florete eram feitos localmente e embora muito semelhantes, notam-se bem as diferenças que seguiam igualmente o gosto do próprio oficial e a sua posição social, sendo uns extremamente simples e outros bastante elaborados.
FIADOR
De liga ou cordão tecido de lã escarlate e ouro, terminando numa borla de retrós azul ferrete e prata.
BAINHA
De couro preto com ponteira e bocal de metal dourado.
TALABARTE
De couro branco com uma chapa de metal dourado com as Armas de Portugal em alto relevo em prata.
Chapa de talabarte conforme o padrão Colecção particular |
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PISTOLA
De fechos de sílex de diversos modelos e origens, geralmente só os oficiais que faziam serviço montado as utilizavam nos respectivos coldres ligados ao arção dianteiro e tapados pelas capeladas, contudo era-lhes livre a sua utilização, colocando-as onde quisessem.
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Texto e ilustrações: marr
Amigo. Há aqui algo que me faz impressão. Perpetua-se um erro que já foi publicado no livro da colecção Guerra e Paz "Guerra Peninsular (1)". Não faz sentido dizer que a lâmina do florete, que para ser correcto deveria ser chamado espadim (florete é uma arma da esgrima) tem 28 polegadas que são 71cm e depois pôr entre parentesis cerca de 25cm, quanto mais não fosse porque uma lâmina de 25 cm não passaria de um punhal.
ResponderEliminarOutro erro é a ilustração do punho do "florete". O arco que se vê atravessado ao cabo é o quê? É uma má interpretação de uma chapa em forma de concha que normalmente tinha uma dobradiça para fechar por motivo de conforto quando o espadim está na bainha. E normalmente essa chapa é posta depois das duas protuberâncias recurvas que estão viradas para a lâmina.
O livro que referi tem vários erros em matéria de conversão de medidas.
Tenho que admitir que me enganei quanto à palavra florete visto estar escrita no "Plano para os uniformes do exército" de 1806. Mas as medidas e a representação têm falhas.
ResponderEliminarInformo os meus leitores que o SR. Nozarbat já foi devidamente esclarecido, sobre as suas dúvidas e questões, por mail privado
ResponderEliminarObrigado
marr